quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Pulsão de morte?

A morte é o feminino da pulsão.
Acho melhor assim a ter que escolher entre duas pulsões.
Vida e morte são uma unidade. Revelam-se, cada uma ao seu modo, esquivas a sua própria figuração. Tanto uma quanto a outra são simulacros, e neles se revelam, mas jamais se dão a conhecer.
Vida e morte, talvez equivalha apenas a dizer que o núcleo do ser é uma contradição. Ponto. Isto já ficou claro com o que Bion falou do casal parental: "a unidade é o par." (é Bion, mas não sei onde está)
A contradição e o pradoxo são os estados mais elevados da mente humana. Isto é certo. Por isso a mente é triste. E é triste porque é complexa. Por isso uma só pulsão, com duas formas de figuração. É do mesmo que se trata, visto de duas perspectivas, como no símbolo do Tao, que comporta todas as contradições possíveis.
Pulsão de vida, não é qualidade moral, não é um termo que quer dizer que isto é 'bom'. Vida apenas quer dizer que há ligação. Morte, seu feminino, é o insidoso do desligamento.
E só.
Dr. Tomazelli