quinta-feira, 16 de julho de 2009

O trauma.

Talvez fosse por não pensar na dor como fratura direta, que Freud precisasse do ‘segundo golpe’ - o après-coup – para compreender a força do patológico. Klein dispensou os fatos, em Klein o traumático tinha (e tem) um só tempo. O próprio psíquico já é da ordem do trauma, o desastre primevo não necessitava de reativação, a infância brutalizada pelo fantasma, fazia do ser dito humano um animal sem nome, circunscrito as barras da jaula, e vivendo às expensas da autopreservação do ‘si-soma’, sem ter fantasia e palavra vindas de lábios e línguas que pudessem lambê-lo, recordando-lhe sua essência humana e amiga.



Dr. Emir

Aspectos psicóticos.

Os aspectos psicóticos dos problemas cognitivos, derivados de estados mentais de excessiva desconfiança, desconfiança esta decorrente da contínua confusão entre os mundos ‘externinterno’ que se misturam, aumentam as respostas primitivas de medo, e o contato simbólico, ainda incipiente, com o mundo das fantasias desloca o psíquico do bebê para um terreno onde o pequeno humano se torna um refém das pulsões de autoconservação, por não saber o que fazer com o fantasma. Só quer se livrar dele e não sabe a quem endereçá-lo.

Dr. Emir