Se, na criatividade, a intuição acessa conhecimento e experimenta o tempo/espaço colocando-os em imagens, estas podem ser a expressão de um impulso infinito ao fantasiar - aberto e sempre inquietantemente preenchido pelas visões formuladas pelo próprio pensamento se projetando no futuro e antecipando a vida. A psicose, pelo contrário, os põem (tempo e espaço) em colapso, comprimindo-os - como faria um buraco negro - por força da gravidade da própria estrela, que morre, comprimindo seu núcleo e expelindo matéria e radiação.
Dr. Emir
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Mais psicose...
Na psicose fica-se na dimensão obscura do objeto onde o desejo por esse objeto é aterrorizante.
Como o pensamento é a coisa, ele desperta a consciência rudimentar de que o objeto pode ser protetor tanto quanto pode ser o assassino internalizado que está pronto e em operação para destruir o sujeito e seu mundo de significados, gerando incerteza e tensão ligada a imagem de que a finitude esperada e fundamente temida, será concretizada em um acidente fatal. Este mesmo fenômeno, no caso da intuição, pode ser o conhecimento ou o objeto conhecido.
Dr. Emir
Psicose e sonho
Psicose e sonho:
Necessário seria observar que a experiência psicótica, se não é, pelo menos esbarra, na mesma questão que a intuição esbarra. Isto é, seria necessário observar que, a apreensão psicótica da realidade, desafortunadamente, introduz uma distorção na experiência de apreensão dessa mesma realidade, e esta distorção se estende às diversas categorias de registro dessas experiências, impedindo-os de fixarem-se em pequenas partículas de realidade interna, prontas para ser compreendidas pela inteligência e categorizadas, para aí sim poderem dar referências claras de sua localização e de sua temporalidade, sendo digeridas por elementos psíquicos que ofertam significados: os sonhos.
Dr. Emir
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