sexta-feira, 6 de março de 2009

Desenvolvendo a prática da tristeza!

dedico este samba a Pedro Garrido
"Refém da Solidão"
Quem, da solidão fez seu bem,
Vai terminar seu refém,
Não vai nem vem,
E uma certa paz, que não faz nem desfaz,
Tornando as coisas banais,
E o ser humano incapaz de prosseguir,
Sem ter pra onde ir...

Infelizmente eu nada fiz,
Não fui feliz nem infeliz,
Eu fui somente um aprendiz
Daquilo que eu não quis,
Aprendiz de morrer,
Mas pra aprender a morrer
foi necessário viver
E eu vivi, mas nunca descobri,
Se essa vida existe,
Ou se essa gente é que insiste,
Em dizer se é triste ou se é feliz,
Vendo a vida passar...

Ah, essa vida é uma atriz,
Que corta o bem na raiz,
E faz do mal cicatriz,
Vai ver até que essa vida é morte
E a morte é a vida que se quer".
Baden Powell e Paulo César Pinheiro.