quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Mais sobre Klein.

Destaco mais uma vez este assunto de que o psíquico, em Klein, funciona a base de perseguição e culpa, e que são estes os estados emocionais que situam o sujeito diante do mundo e da cultura, assujeitando-o àquele lugar sacrificial, de perseguição e de acusação que lhe é próprio, uma vez que é sob acusação que percebo que sou homem e que existo.
Em Klein isto se demanda para que possamos pensar a espécie humana. Nela não existe essa chance de algo do psíquico ser próprio e, portanto, não gerar culpa e ônus para o sujeito. Não é viável que qualquer gesto seja da ordem do “natural”, e, portanto, sem culpa ou responsabilidade.
Responsabilizar o sujeito desde cedo é reafirmar que a vida é de cada um em meio aos outros. Notem: Klein não admite ação sem culpa, isto seria equivalente a um território cercado sem que houvesse sinal de vida dentro, além daquela derivada do próprio vivente que ali se encontra preso e não sabe disto.
Dr. Tomazelli