O ‘humanimal’ na clínica:
A clínica kleiniana se dedicaria a ver nas doenças mentais os aspectos mais rústicos, onde ainda o aparelho do animal luta contra o aparelho ‘humanimal’. Deteve-se em locais mais simples, e se dedicou à descrição das ‘coisas’ que precedem as doenças do simbólico que atingem as neuroses, e que acabaram por representar, no desenho da mente, as articulações mais propriamente características de um campo que veio a ser chamado, depois de Lacan, de freudiano. Esses espaços muito primitivos, que ela reabriu na teoria, são atravessados pelo animal-homem, atravessados pelo lobisomem, pelo vampiro, pelos atos traiçoeiros derivados da deformação da impressão de realidade, geraram, no interior da psicanálise, uma clínica de ‘adestramento’, que talvez pudesse levar o sujeito à neurose, e que envolvia a transformação do ser ‘humanimal’, em um animal passível de sintoma, isto é, passível de ser atingido pelo simbólico, pela tristeza e pela palavra fantasmagórica da alteridade: um 'ANIMOT'*.
* Derrida, Jacques O animal deu logo sou (A seguir). Tradução Fabio Landa. – São Paulo: Editora Unesp, 2002.
Dr. Emir
sábado, 11 de julho de 2009
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